NOTÍCIAS
05 DE FEVEREIRO DE 2024
Clipping – Exame – R$ 98 mil por m²: empreendimento no Sul vende apartamentos a preço de Nova York
A cidade de Canela, no Rio Grande do Sul, entrou no hall dos metros quadrados mais caros do Brasil com um empreendimento que mistura alto padrão, segunda residência, hotelaria e propriedade compartilhada. Em janeiro, o Kempinski Laje de Pedra Hotel & Residences vendeu a última unidade da primeira fase do projeto, planejado para inauguração em 2026. O valor impressiona: R$ 98 mil o metro quadrado.
“Houve uma mudança de geografia na demanda por propriedades de alto padrão, que se deslocou do Rio e de São Paulo para o Sul do País. Atualmente, nós temos o empreendimento com o metro quadrado mais valioso do Brasil”, disseram José Paim de Andrade Júnior e José Ernesto Marino Neto, sócios do empreendimento, em entrevista à EXAME.
O projeto se destaca mesmo entre outros lançamentos no Sul. A efeito de comparação, os lançamentos de luxo mais caros de Balneário Camboriú (SC), a cidade mais valorizada do País, tem metro quadrado com preço na casa dos R$ 80 mil. Já no Rio de Janeiro, a estimativa é que alguns negócios de alto padrão sejam feitos “off market”, com valores em sigilo que podem se aproximar dos R$ 100 mil.
O empreendimento também compete em valor no cenário internacional. O preço do metro quadrado no Kempinski de Canela fica logo atrás dos bairros mais valiosos de Manhattan, em Nova York, que chegam a custar R$ 120 mil o metro quadrado. Mas fica acima da média da metrópole americana, que tem o metro quadrado na casa dos R$ 80 mil, segundo o Realtor.com.
Mistura de hotel, segunda residência e propriedade compartilhada
Imagine ter um apartamento com vista para o Vale do Quilombo, na Serra Gaúcha, que conta ainda com serviços de hotel e uma área de lazer digna de resort: piscinas, complexo gastronômico, rooftop, academia, spa e anfiteatro. Essa é a proposta que, segundo os sócios, levou o preço do metro quadrado no Kempinski Laje de Pedra para perto dos R$ 100 mil.
“Houve uma mudança de conceito. O nosso consumidor está trocando uma casa de 700m² por um apartamento de até 220m². Mas a área social dele é todo o hotel – toda a parte de infraestrutura e serviços. Ele gasta menos para usar o hotel do que hoje para manter uma casa com jardineiro, piscineiro, cozinheiro, manutenção. A segunda residência tradicional não tem o padrão de serviço que oferecemos”, defenderam os sócios.
Mas se trata de um hotel ou de um complexo residencial? A proposta é uma mistura das duas coisas – aproveitando a expertise dos sócios, ambos veteranos de mercado. Paim foi fundador da Rossi Residencial e está à frente da Maxcap. No currículo, mais de 40 anos de atuação em diversas frentes do mercado imobiliário. Já Marino Neto é CEO e fundador da BSH Internacional, com três décadas de experiência em hotelaria.
Na frente hoteleira, o empreendimento traz a Kempinski, tradicional marca hoteleira alemã, pela primeira vez ao Brasil – e à América do Sul – para operar o antigo hotel Laje de Pedra, um dos mais icônicos da Serra Gaúcha. Inaugurado em 1978, com projeto de Edgar Graeff sobre esboços de Oscar Niemeyer, o hotel era frequentado pela elite política, e foi palco da assinatura do acordo que criou o Mercosul.
O projeto atual envolve um reforma completa, que preserva os traços originais – um retrofit, no jargão imobiliário. As antigas suítes passam por uma transformação que dará origem a apartamentos entre 52 e 220 metros quadrados. É aqui que entra a frente imobiliária: ao contrário de um hotel tradicional, essas unidades estão à venda.
Foram realizadas 251 vendas até o momento – 28 de forma integral, para um único proprietário, e outras 223 de forma fracionada. Além do mix de hotel e segunda residência, o Kempinski de Canela será o único da rede hoteleira a contar com o conceito de fractional ownership, conhecido no Brasil como multipropriedade. Neste modelo é possível comprar uma fração do imóvel – cada unidade pode ser dividida em até oito frações. O proprietário tem direito a uma quantidade de semanas equivalente à sua fatia, o que reduz o potencial tempo de uso do imóvel mas, por outro lado, também diminui proporcionalmente o preço final da compra.
“Uma família de um casal e duas crianças buscando uma segunda residência na Serra Gaúcha gastaria em torno de R$ 1,2 milhão, mais uma manutenção de R$ 400 mil. O capital fica imobilizado na casa e isso é muito caro para o executivo padrão. A segunda residência normalmente não é usada mais que seis semanas por ano, então a fração garante o mesmo uso do imóvel. É muito mais racional: o público de luxo está entrando na lógica do compartilhamento”, reforça Paim. Ele e Marino Neto foram os compradores das primeiras fatias do empreendimento.
Cada fração foi negociada a um preço médio de R$ 804,3 mil. Já as unidades inteiras foram vendidas a um preço médio de R$ 6,26 milhões. Os preços, no entanto, foram subindo desde o lançamento. O preço médio praticado em 2023 era de R$ 50 mil por metro quadrado – desde então o empreendimento já valorizou 96%, alcançando o ponto máximo de R$ 98 mil por metro quadrado em janeiro deste ano. A última unidade foi vendida por R$ 12,3 milhões.
O valor geral de vendas (VGV) da primeira fase do empreendimento alcançou R$ 445 milhões. Até o final do projeto, devem ser entregues 357 apartamentos.
Será possível se hospedar no Kempinski Laje de Pedra?
O Kempinski de Canela foi pensado para um projeto de segunda residência – ou seja, uma casa de férias. O que acontece então com os apartamentos quando os proprietários estão em suas casas “principais”? Eles podem colocar as unidades para locação pelo próprio sistema da Kempinski. Os apartamentos voltam, assim, a ser usados como um quarto de hotel.
Para o hóspede, o processo é igual ao de um hotel tradicional: ele entra em contato com a Kempinski, vê as unidades disponíveis para locação nas datas de escolha e fecha negócio. Os objetos pessoais pessoais do proprietário mantidos na segunda residência são deslocados para um depósito fora da unidade enquanto ela estiver “alugada”, deixando o apartamento com a neutralidade habitual da hotelaria.
E para o dono do apartamento, a diária do Kempinski se converte em aluguel. O valor pode ser usado, inclusive, para abater o custo do condomínio. A estimativa é que, nas unidades menores, o valor do condomínio fique em torno de R$8 mil. Já os maiores, devem ter um condomínio na casa dos R$16 mil.
Fonte: Exame
Outras Notícias
Anoreg RS
09 DE FEVEREIRO DE 2024
Anoreg/RS informa sobre o funcionamento das serventias extrajudiciais do RS durante o Carnaval
As informações relativas ao expediente dos cartórios extrajudiciais do RS constam na Consolidação Normativa...
Anoreg RS
09 DE FEVEREIRO DE 2024
CNJ – Infográficos facilitam emissão de documentos para pessoas privadas de liberdade
CNJ - Infográficos facilitam emissão de documentos para pessoas privadas de liberdade
Anoreg RS
09 DE FEVEREIRO DE 2024
Juiz pode mudar de ofício procedimento de ação de inventário, decide STJ
Juiz pode mudar de ofício procedimento de ação de inventário, decide STJ
Anoreg RS
09 DE FEVEREIRO DE 2024
CNJ autoriza termo de ajustamento de conduta para juízes e titulares de cartórios
O TAC, como instrumento de resolução de conflitos, não é novo no ordenamento jurídico e possui previsão no...
Anoreg RS
09 DE FEVEREIRO DE 2024
Corregedoria Nacional e Ministério da Justiça articulam parceria para compartilhamento de informações
Corregedoria Nacional e Ministério da Justiça articulam parceria para compartilhamento de informações